sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Britânicos criam mosquito estéril para eliminar vetores da dengue :

Empresa Oxitec realizou teste de campo nas Ilhas Cayman.
3 milhões de exterminadores
Cientistas britânicos criaram um mosquito geneticamente modificado que, por transmitir um gene assassino, pode eliminar a população de insetos causadores da dengue.
A empresa chamada Oxitec fez um pequeno teste de campo nas ilhas Cayman, no Caribe. Liberando na natureza 3 milhões de mosquitos geneticamente modificados, reduziram em 80% a população de mosquitos Aedes aegypti num prazo de seis meses numa pequena área.
  • A dengue, doença que pode ser letal e é endêmica em vários países, inclusive no Brasil, é transmitida pela picada da fêmea do mosquito. 'A ideia é que soltando machos estéreis eles vão acasalar com as fêmeas selvagens', disse Luke Alphey, cientista-chefe e cofundador da Oxitec.
  • 'Uma das principais vantagens é que os machos buscam ativamente as fêmeas - eles são programados para isso.'
    O resultado desse acasalamento gera larvas que morrem antes ou logo depois de atingirem a maturidade como mosquitos. Por causa da alteração genética, os mosquitos só sobrevivem se forem tratados com o antibiótico tetraciclina.
    Dessa forma, é possível administrar o 'antídoto' a eles em laboratório, criando grandes populações de machos com essa alteração do DNA. 'Quando soltamos os machos na natureza e eles se acasalam com as fêmeas, toda a prole herda uma cópia do gene que os mata se não receberem o antídoto', disse Alphey.
     
    Chuva e calor contribuem para crescimento de focos da dengue.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Em ranking da 'Forbes', Dilma é a 16ª pessoa mais poderosa do mundo:

Empresário brasileiro Eike Batista também é citado no ranking, em 58º lugar.
Primeira posição é do presidente chinês Hu Jintao, seguido por Obama.

04/11/2010 07h57 - Atualizado em 04/11/2010 17h33

Em ranking da 'Forbes', Dilma é a 16ª pessoa mais poderosa do mundo

Empresário brasileiro Eike Batista também é citado no ranking, em 58º lugar.
Primeira posição é do presidente chinês Hu Jintao, seguido por Obama.

Do G1, em São Paulo
 
A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, foi considerada a 16ª pessoa mais poderosa do mundo, de acordo com o ranking anual da revista "Forbes" divulgado nesta quarta-feira (3), à frente de líderes como o presidente francês Nicolas Sarkozy, que aparece na 19ª posição.
A publicação apresenta a trajetória de Dilma na política e reitera que a nova presidente comandará a maior economia da América Latina.

saiba mais :
A revista também afirma que o Brasil é a "despensa do mundo",  grande exportador de commodities agrícolas como açúcar, café, suco de laranja e carnes bovina e de aves.
"(Dilma) ainda não é um nome familiar, mas será em breve com o Brasil se preparando para sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016", disse a revista, que também lembra que Dilma foi presa e torturada pelo regime militar e sobreviveu a um câncer linfático.
Em primeiro lugar, está o presidente da China, Hu Jintao, seguido por Barack Obama, seu colega americano, que liderava a lista no ano anterior.
A revista justifica a piora na colocação de Obama citando sua recente derrota nas eleições legislativas norte-americanas.
O ranking da "Forbes" também cita o empresário brasileiro Eike Batista.
O homem mais rico do Brasil, segundo a publicação, aparece em 58º lugar, apenas uma posição atrás do líder da rede terrorista da al-Qaeda, Osama Bin Laden, que, no ranking é considerado o 57º mais poderoso do mundo. A publicação se refere a Eike como um "amante dos superlativos, tanto na vida pessoal quanto na profissional".
Na 68º e última posição está Julian Assange, editor-chefe da organização WikiLeaks, que se notabilizou por divulgar documentos secretos do governo norte-americano.
No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparecia na lista como 33º.
Saiba quem são os 20 primeiros mais poderosos do mundo, segundo o ranking:
1º Hu Jintao
2º Barack Obama
3º Abdullah bin Abdul Aziz al Saud
4º Vladimir Putin
5º Papa Bento 16
6º Angela Merkel
7º David Cameron
8º Ben Bernanke
9º Sonia Gandhi
10º Bill Gates
11º Zhou Xiaochuan
12º Dmitry Medvedev
13º Rupert Murdoch
14º Silvio Berlusconi
15º Jean-Claude Trichet
16º Dilma Rousseff

Alta dos cancelamentos de registro de remédios é boa notícia, diz revista:

Tendência indica que sistema de farmacovigilância está funcionando.
Leia com exclusividade reportagem da 'Unesp Ciência'.

Luciana Christante Da 'Unesp Ciência'
O G1 publica abaixo, com exclusividade, reportagem da 14ª edição da revista “Unesp Ciência”.
A farmacovigilância, trincheira pouco conhecida da vigilância sanitária, monitora os medicamentos após o início da comercialização     
A farmacovigilância, trincheira pouco conhecida da vigilância sanitária, monitora os medicamentos após o início da comercialização (Foto: Agência Brasil)
Em 29 de setembro passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro do medicamento Avandia (rosiglitazona), indicado para o tratamento do diabetes tipo 2. Assim como havia ocorrido com os anti-inflamatórios Vioxx, Prexige e o inibidor de apetite sibutramina, a medida resultou de estudos que identificaram alto risco de problemas cardiovasculares.
Estudos clínicos pré-registro
não detectam as reações
adversas menos frequentes
A pergunta que fica é: por que esse risco só foi detectado agora, depois que milhões de pessoas no mundo já consumiram o remédio e – principalmente – depois dos estudos clínicos que permitiram seu registro nas agências regulatórias de diversos países? O que falhou para que o problema não tenha sido previsto?
Especialistas rebatem afirmando que esse tipo de medida, que deve se tornar cada vez mais comum nos próximos anos, não é um mau sinal, pelo contrário. Mais do que falhas no sistema regulatório, ele demonstra progressos significativos, em nível nacional e internacional, de uma pouco conhecida trincheira da vigilância sanitária, a farmacovigilância, que monitora os medicamentos após o início da comercialização. Ela é necessária porque os estudos clínicos pré-registro não detectam as reações adversas menos frequentes, por uma questão estatística.
Até o registro nós sabemos que o fármaco é eficaz e relativamente seguro. A fase 4 visa demonstrar sua efetividade, seu custo benefício em condições normais, quando a droga é usada por idosos, gestantes, diferentes etnias, pessoas com outras doenças e
que estão tomando outros medicamentos"
Patrícia Mastroianni, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp em Araraquara
“Na fase 1, a droga é testada em dezenas de voluntários sadios, que não são as pessoas que tomarão a droga, para se obter dados de mecanismo de ação, distribuição e excreção pelo organismo”, diz Patrícia Mastroianni, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp em Araraquara. Aí são detectadas as reações adversas mais comuns, que ocorrem na proporção de 1:1, de 1:10 e, com muita sorte, de 1:100.
Nas fases 2 e 3, o medicamento é testado em pacientes, mas dentro de uma população selecionada e bastante homogênea, pois diversas variáveis são controladas (sexo, idade, outras doenças, outras drogas), para que se possa mensurar o efeito com precisão estatística. Na fase 2 participam algumas centenas de pessoas e na 3, alguns milhares, distribuídas em vários continentes. “Na fase 3, podemos detectar reações adversas na proporção de 1:100, 1:1000 e eventualmente 1:10 mil”, afirma a pesquisadora.
A vida como ela é
Mas só na fase 4, depois que a autoridade sanitária do país concedeu registro de comercialização da droga ao fabricante, é possível verificar como o medicamento vai funcionar na “vida como ela é”, diz. “Até o registro nós sabemos que o fármaco é eficaz e relativamente seguro. A fase 4 visa demonstrar sua efetividade, seu custo benefício em condições normais, quando a droga é usada por idosos, gestantes, diferentes etnias, pessoas com outras doenças e que estão tomando outros medicamentos”, enumera Patrícia. Fonte : http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/11/alta-dos-cancelamentos-de-registro-de-remedios-e-boa-noticia-diz-revista.html

DISTÚRBIOS HERMODINÂMICOS :

Distúrbios de Perfusão :
  • Hiperemia - é o excesso de sangue nos capilarese pequenos vasosde um órgão; pode ser ativa decorrendo do aumento do suprimento do sangue (sistema arterial) causado por dilatação e recrutamento de mais capilares, ou associada a inflamação acompanhada do aumento da permeabilidade capilar e edema e também passiva decorrendo de um impedimento à saída de sangue através das vias venosas.
  • Hemorragia - saída do sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, interstício ou cavidades pré formadas; podem ser causadas po traumatismo acidental, procedimentos cirúrgicos, aterosclerose, ruptura de aneurisma, infecção, ou erosão de paredes de vasos po neoplasia
  • Trombose -  refere - se à formação de um trombo , ou seja, é a solidificação do sangue dentro do coração ou dos vasos , ocorre em qualquer setor do sistema cardiovascular.
  • Embolia - é a passagem , através da circulação capaz de se  alojar em um vaso sanguíneo e obstruir sua luz.
  • Edema - acúmulo anormal de líquido nos interstícios ou nas cavidades pré formadas do organismo, podem ocorrer por alteração na filtração e na reabsorção por capilares , no metabolismo de sódio e água , na pressão hidrostática e pressão  oncótica no fluxo linfático.
  • Choque - distúrbio hermodinâmico constituido por hipoperfusão disseminada de células e tecidos devido à reduçaõ do volume sanguíneo ou débito cardíaco ou redistribuição do sangue resultante de um volume circulante efetivo inadequado. Os tipos de choque podem ser : choque cardiogênico, hipovolêmico, anafilático, séptico, e neurogênico.      
           FONTE :Fundamentos de Rubin ,PATOLOGIA                                 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ausência de antibióticos para superbactérias alarma especialistas

  Anvisa publicou nesta quinta decisão para que farmácias retenham receitas de remédios.

O Diário Oficial da União publicou nesta quinta-feira (28) determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que obriga farmácias a reterem receitas de antibióticos, cujo uso indiscriminado é apontado como um fator para o fortalecimento das chamadas "superbactérias".
E, para evitar contaminações pela KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), que seria responsável por pelo menos 18 mortes no Distrito Federal e se tornou resistente a antibióticos, a Anvisa obrigará hospitais e clínicas a colocar recipientes de álcool em gel em suas dependências.
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil, no entanto, alertam para um problema que vai além da contaminação: a produção de medicamentos para o tratamento das vítimas.
"A resistência de bactérias não é nenhuma novidade", disse à BBC Brasil David Uip, diretor do hospital Emilio Ribas. "O que preocupa é a falta de perspectiva (quanto à produção de medicamentos). Atualmente, estamos reabilitando velhos antibióticos, como polimixina, e usando-os com novos para melhorar sua performance."
Para Giuseppe Cornaglia, microbiologista da Universidade de Verona (Itália) e membro da Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, superbactérias "são um problema de saúde pública para o qual não teremos antibióticos nos próximos dez anos".
Ana Cristina Gales, professora de infectologia da Universidade Federal de São Paulo, afirma que há testes sendo feitos para drogas que possam combater a bactéria KPC, "mas, para bactérias resistentes à polimixina, não há opção terapêutica". Mesmo experiências com vacinas e anticorpos têm eficácia incerta.
Só no Distrito Federal, região mais atingida do país, a Secretaria da Saúde local contabilizou 194 casos de KPC até 22 de outubro. Mas a superbactéria está restrita aos hospitais e não deve causar epidemias, segundo especialistas consultados.
Superbactérias semelhantes têm sido identificadas em outros lugares. O caso mais recente a ganhar repercussão mundial é do NDM-1, enzima que fortalece as bactérias perante medicamentos usados para combater infecções graves, causadas por outras bactérias resistentes.
Estudo do médico Timothy Walsh publicado em setembro no periódico especializado Lancet identificou infecções por bactérias portadoras do NDM-1 na Índia, no Paquistão e na Grã-Bretanha. Há relatos de casos também na América do Norte, na Austrália e em outros países da Europa.
"É grande o potencial (da bactéria) de se tornar um problema de saúde pública mundial, e é necessária vigilância coordenada internacional", escreveu Walsh.
Muitos especialistas relativizam a possibilidade de superbactérias se tornarem uma calamidade global, mas advertem para sua rápida proliferação.
"Em muitos casos, temos portadores (da bactéria) que não estão nem ficarão doentes. Mas ela se espalha muito rapidamente", disse Cornaglia.
Correr contra o tempoO cientista afirma que não há formas de controlar o surgimento de bactérias resistentes. Elas sempre encontram um jeito de superar os medicamentos.
"A questão é o tempo. Quanto mais disseminado o uso de antibióticos, mais rapidamente elas ficarão resistentes", explicou Cornaglia.
"Quanto menor for o controle, mais rapidamente elas se proliferarão. Podemos tornar o processo mais lento usando antibióticos de uma melhor forma."
Para Ana Cristina Gales, o controle da proliferação passa por aumentar a proporção de funcionários por pacientes nos hospitais e sempre bater na tecla da higiene. "Todos nos hospitais têm de lavar as mãos. É a medida mais simples e importante."
A prescrição e o uso disseminados dos antibióticos também preocupam os especialistas.
Para aumentar o controle sobre seu uso, a Anvisa determina, na resolução publicada nesta quinta-feira, que a farmácia retenha a primeira via da receita do medicamento, sob pena de multa e interdição se não o fizer. A segunda via da receita é carimbada e devolvida ao paciente.
Mas, além do uso tradicional, os medicamentos se fazem presentes em formas menos óbvias, diz Gales: "há antibióticos nos resíduos descartados por hospitais, nos animais criados na pecuária. Seria necessário discutir seu controle em todos os setores".
InvestimentosQuanto à produção de novas drogas, Uip se diz pessimista. Calcula que, da descoberta em laboratório da molécula a ser usada contra as superbactérias até a comercialização do remédio produzido, sejam necessários investimentos de "800 milhões de euros".
"Por isso, defendo uma política pública global no desenvolvimento de antibióticos", opinou Uip.
Nos Estados Unidos existe até lobby por uma iniciativa do tipo.
A organização Infectious Diseases Society for America defende "a união das comunidades científica, industrial, econômica, intelectual, política, médica e filantrópica" para desenvolver dez novas drogas antibacterianas até 2020, sob o argumento de que "infecções resistentes estão crescendo nos EUA e ao redor do mundo. fonte : http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/10/ausencia-de-antibioticos-para-superbacterias-alarma-especialistas.html

Epidemia de cólera estabiliza-se no Haiti, dizem autoridades:

Doentes esperam por tratamento em hospital de Porto Príncipe neste domingo (24).País teve seis mortes em 24 horas, e total de casos subiu de 3.015 a 3.342.
Doença está limitada a certas regiões, mas teme-se uma crise sanitária



O número de mortos pela epidemia de cólera no Haiti atingiu 259 nesta segunda-feira (25).
Nas últimas 24 horas, apenas seis novas mortes foram registradas, segundo as autoridades de saúde do país, o que mostraria uma estabilização da epidemia.
Gabriel Thimoté, diretor do Departamento de Saúde do Haiti, disse que o número total de casos subiu de 3.015 a 3.342 em um dia.
Mas o governo do Haiti e de países que têm ajudado a nação mais pobre das Américas desde o terremoto devastador de 12 de janeiro seguem em alerta máximo quanto a uma possível expansão da doença para outras regiões do país.
O número de mortos pela epidemia de cólera no Haiti atingiu 259 nesta segunda-feira (25).
Nas últimas 24 horas, apenas seis novas mortes foram registradas, segundo as autoridades de saúde do país, o que mostraria uma estabilização da epidemia.
Gabriel Thimoté, diretor do Departamento de Saúde do Haiti, disse que o número total de casos subiu de 3.015 a 3.342 em um dia.
Mas o governo do Haiti e de países que têm ajudado a nação mais pobre das Américas desde o terremoto devastador de 12 de janeiro seguem em alerta máximo quanto a uma possível expansão da doença para outras regiões do país.
"O número de mortes registradas teve uma diminuição significante, e o número de pessoas hospitalizadas também diminuiu", disse Gabriel Thimote, diretor geral do Departamento de Saúde do Haiti, numa entrevista coletiva na capital Porto Príncipe.
"Acreditamos que a situação está estabilizando. Isso não significa necessariamente que chegamos ao pico", acrescentou.
Não foram registrados novos casos na superpovoada Porto Príncipe, onde especialistas temiam a respeito da vulnerabilidade dos 1,3 milhão de sobreviventes do terremoto que moram em tendas e barracas. Outras dezenas de milhares vivem em favelas ao lado de córregos imundos.
As autoridades isolaram cinco casos de cólera na capital, todas em pessoas que estiveram em Artibonite.
A Organização das Nações Unidas (ONU), ONGs e governos estrangeiros, como Cuba, enviaram equipes médicas de emergência e água limpa para as regiões afetadas, enquanto as autoridades de saúde lançaram um campanha nacional de higiene anticólera. A França também anunciou ajuda.
Centros especiais para o tratamento de cólera foram montados nas áreas com maior número de casos e na capital. De acordo com o governo, o país possui antibióticos suficientes para tratar até 100 mil pacientes.
A cólera é transmitida através da água e de alimentos contaminados, e pode se espalhar como um rastilho de pólvora pelos acampamentos provisórios, que sofrem com as sofríveis condições de higiene.
A cólera era considerada uma doença erradicada no Haiti há mais de um século, mas voltou a aparecer depois das fortes chuvas que castigaram várias regiões do norte do país na semana passada.
"Sabemos como prevenir as mortes por cólera", disse no domingo Catherine Bragg, coordenadora adjunta de Ajudas de Emergência da ONU, referindo-se ao fornecimento de antibióticos, ao tratamento da água e à distribuição de produtos de higiene básica.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Temporão diz que SP e PR têm casos confirmados de superbactéria :

DF continua sendo região com mais contaminação pela bactéria KPC.
Ministro da Saúde voltou a condenar uso ‘indiscriminado’ de antibióticos.

                                                                                                                       Do G1, em Brasília
Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante cerimônia de ampliação dos medicamentos oferecidos pelo programa “Aqui tem Farmácia Popular”. 
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta quarta-feira (20) que há casos confirmados de contaminação pela superbactéria KPC em São Paulo e no Paraná. O Distrito Federal é, até o momento, a região com maior registro de mortes e contaminações. No DF, 163 pessoas foram contaminadas e 14 morreram vítimas da KPC.

“O que nós temos até o momento confirmado é a presença dessa bactéria específica no Distrito Federal, São Paulo e no Paraná”, disse Temporão, após cerimônia de ampliação dos medicamentos oferecidos pelo programa “Aqui tem Farmácia Popular”. O ministro voltou a dizer que é preciso combater o uso “indiscriminado” de antibióticos, o que facilita, segundo ele, o surgimento de bactérias resistentes ao medicamento.

“O problema é que no Brasil nós temos uma política equivocada no consumo de e utilização de antibióticos. A Anvisa se reúne na sexta-feira para apreciar uma nova resolução colocando limites à comercialização de antibióticos nas farmácias brasileiras”, disse.

O ministro anunciou nesta terça (20) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai dificultar a venda de antibióticos. Entre as medidas que serão apresentadas está a retenção pelas farmácias da receita médica utilizada na compra do medicamento. Temporão disse ainda que a Anvisa vai reunir 17 especialistas para discutir meios de evitar a propagação da superbactéria.

“Essa bactéria, pela sua especificidade, está nos preocupando e, por isso,a convocação de especialistas para que a gente possa ouvir deles que medidas adicionais devem ser tomadas para o controle desse problema”, afirmou.

O primeiro registro da KPC no Brasil foi no Recife em 2006. Depois, foram registrados casos isolados no Distrito Federal, Paraíba, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. No Distrito Federal, o número de registros configura a existência de um “surto” da doença, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/temporao-diz-que-sp-e-pr-tem-casos-confirmados-de-superbacteria.html