quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Epidemia de cólera estabiliza-se no Haiti, dizem autoridades:

Doentes esperam por tratamento em hospital de Porto Príncipe neste domingo (24).País teve seis mortes em 24 horas, e total de casos subiu de 3.015 a 3.342.
Doença está limitada a certas regiões, mas teme-se uma crise sanitária



O número de mortos pela epidemia de cólera no Haiti atingiu 259 nesta segunda-feira (25).
Nas últimas 24 horas, apenas seis novas mortes foram registradas, segundo as autoridades de saúde do país, o que mostraria uma estabilização da epidemia.
Gabriel Thimoté, diretor do Departamento de Saúde do Haiti, disse que o número total de casos subiu de 3.015 a 3.342 em um dia.
Mas o governo do Haiti e de países que têm ajudado a nação mais pobre das Américas desde o terremoto devastador de 12 de janeiro seguem em alerta máximo quanto a uma possível expansão da doença para outras regiões do país.
O número de mortos pela epidemia de cólera no Haiti atingiu 259 nesta segunda-feira (25).
Nas últimas 24 horas, apenas seis novas mortes foram registradas, segundo as autoridades de saúde do país, o que mostraria uma estabilização da epidemia.
Gabriel Thimoté, diretor do Departamento de Saúde do Haiti, disse que o número total de casos subiu de 3.015 a 3.342 em um dia.
Mas o governo do Haiti e de países que têm ajudado a nação mais pobre das Américas desde o terremoto devastador de 12 de janeiro seguem em alerta máximo quanto a uma possível expansão da doença para outras regiões do país.
"O número de mortes registradas teve uma diminuição significante, e o número de pessoas hospitalizadas também diminuiu", disse Gabriel Thimote, diretor geral do Departamento de Saúde do Haiti, numa entrevista coletiva na capital Porto Príncipe.
"Acreditamos que a situação está estabilizando. Isso não significa necessariamente que chegamos ao pico", acrescentou.
Não foram registrados novos casos na superpovoada Porto Príncipe, onde especialistas temiam a respeito da vulnerabilidade dos 1,3 milhão de sobreviventes do terremoto que moram em tendas e barracas. Outras dezenas de milhares vivem em favelas ao lado de córregos imundos.
As autoridades isolaram cinco casos de cólera na capital, todas em pessoas que estiveram em Artibonite.
A Organização das Nações Unidas (ONU), ONGs e governos estrangeiros, como Cuba, enviaram equipes médicas de emergência e água limpa para as regiões afetadas, enquanto as autoridades de saúde lançaram um campanha nacional de higiene anticólera. A França também anunciou ajuda.
Centros especiais para o tratamento de cólera foram montados nas áreas com maior número de casos e na capital. De acordo com o governo, o país possui antibióticos suficientes para tratar até 100 mil pacientes.
A cólera é transmitida através da água e de alimentos contaminados, e pode se espalhar como um rastilho de pólvora pelos acampamentos provisórios, que sofrem com as sofríveis condições de higiene.
A cólera era considerada uma doença erradicada no Haiti há mais de um século, mas voltou a aparecer depois das fortes chuvas que castigaram várias regiões do norte do país na semana passada.
"Sabemos como prevenir as mortes por cólera", disse no domingo Catherine Bragg, coordenadora adjunta de Ajudas de Emergência da ONU, referindo-se ao fornecimento de antibióticos, ao tratamento da água e à distribuição de produtos de higiene básica.

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