quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ausência de antibióticos para superbactérias alarma especialistas

  Anvisa publicou nesta quinta decisão para que farmácias retenham receitas de remédios.

O Diário Oficial da União publicou nesta quinta-feira (28) determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que obriga farmácias a reterem receitas de antibióticos, cujo uso indiscriminado é apontado como um fator para o fortalecimento das chamadas "superbactérias".
E, para evitar contaminações pela KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), que seria responsável por pelo menos 18 mortes no Distrito Federal e se tornou resistente a antibióticos, a Anvisa obrigará hospitais e clínicas a colocar recipientes de álcool em gel em suas dependências.
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil, no entanto, alertam para um problema que vai além da contaminação: a produção de medicamentos para o tratamento das vítimas.
"A resistência de bactérias não é nenhuma novidade", disse à BBC Brasil David Uip, diretor do hospital Emilio Ribas. "O que preocupa é a falta de perspectiva (quanto à produção de medicamentos). Atualmente, estamos reabilitando velhos antibióticos, como polimixina, e usando-os com novos para melhorar sua performance."
Para Giuseppe Cornaglia, microbiologista da Universidade de Verona (Itália) e membro da Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, superbactérias "são um problema de saúde pública para o qual não teremos antibióticos nos próximos dez anos".
Ana Cristina Gales, professora de infectologia da Universidade Federal de São Paulo, afirma que há testes sendo feitos para drogas que possam combater a bactéria KPC, "mas, para bactérias resistentes à polimixina, não há opção terapêutica". Mesmo experiências com vacinas e anticorpos têm eficácia incerta.
Só no Distrito Federal, região mais atingida do país, a Secretaria da Saúde local contabilizou 194 casos de KPC até 22 de outubro. Mas a superbactéria está restrita aos hospitais e não deve causar epidemias, segundo especialistas consultados.
Superbactérias semelhantes têm sido identificadas em outros lugares. O caso mais recente a ganhar repercussão mundial é do NDM-1, enzima que fortalece as bactérias perante medicamentos usados para combater infecções graves, causadas por outras bactérias resistentes.
Estudo do médico Timothy Walsh publicado em setembro no periódico especializado Lancet identificou infecções por bactérias portadoras do NDM-1 na Índia, no Paquistão e na Grã-Bretanha. Há relatos de casos também na América do Norte, na Austrália e em outros países da Europa.
"É grande o potencial (da bactéria) de se tornar um problema de saúde pública mundial, e é necessária vigilância coordenada internacional", escreveu Walsh.
Muitos especialistas relativizam a possibilidade de superbactérias se tornarem uma calamidade global, mas advertem para sua rápida proliferação.
"Em muitos casos, temos portadores (da bactéria) que não estão nem ficarão doentes. Mas ela se espalha muito rapidamente", disse Cornaglia.
Correr contra o tempoO cientista afirma que não há formas de controlar o surgimento de bactérias resistentes. Elas sempre encontram um jeito de superar os medicamentos.
"A questão é o tempo. Quanto mais disseminado o uso de antibióticos, mais rapidamente elas ficarão resistentes", explicou Cornaglia.
"Quanto menor for o controle, mais rapidamente elas se proliferarão. Podemos tornar o processo mais lento usando antibióticos de uma melhor forma."
Para Ana Cristina Gales, o controle da proliferação passa por aumentar a proporção de funcionários por pacientes nos hospitais e sempre bater na tecla da higiene. "Todos nos hospitais têm de lavar as mãos. É a medida mais simples e importante."
A prescrição e o uso disseminados dos antibióticos também preocupam os especialistas.
Para aumentar o controle sobre seu uso, a Anvisa determina, na resolução publicada nesta quinta-feira, que a farmácia retenha a primeira via da receita do medicamento, sob pena de multa e interdição se não o fizer. A segunda via da receita é carimbada e devolvida ao paciente.
Mas, além do uso tradicional, os medicamentos se fazem presentes em formas menos óbvias, diz Gales: "há antibióticos nos resíduos descartados por hospitais, nos animais criados na pecuária. Seria necessário discutir seu controle em todos os setores".
InvestimentosQuanto à produção de novas drogas, Uip se diz pessimista. Calcula que, da descoberta em laboratório da molécula a ser usada contra as superbactérias até a comercialização do remédio produzido, sejam necessários investimentos de "800 milhões de euros".
"Por isso, defendo uma política pública global no desenvolvimento de antibióticos", opinou Uip.
Nos Estados Unidos existe até lobby por uma iniciativa do tipo.
A organização Infectious Diseases Society for America defende "a união das comunidades científica, industrial, econômica, intelectual, política, médica e filantrópica" para desenvolver dez novas drogas antibacterianas até 2020, sob o argumento de que "infecções resistentes estão crescendo nos EUA e ao redor do mundo. fonte : http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/10/ausencia-de-antibioticos-para-superbacterias-alarma-especialistas.html

Epidemia de cólera estabiliza-se no Haiti, dizem autoridades:

Doentes esperam por tratamento em hospital de Porto Príncipe neste domingo (24).País teve seis mortes em 24 horas, e total de casos subiu de 3.015 a 3.342.
Doença está limitada a certas regiões, mas teme-se uma crise sanitária



O número de mortos pela epidemia de cólera no Haiti atingiu 259 nesta segunda-feira (25).
Nas últimas 24 horas, apenas seis novas mortes foram registradas, segundo as autoridades de saúde do país, o que mostraria uma estabilização da epidemia.
Gabriel Thimoté, diretor do Departamento de Saúde do Haiti, disse que o número total de casos subiu de 3.015 a 3.342 em um dia.
Mas o governo do Haiti e de países que têm ajudado a nação mais pobre das Américas desde o terremoto devastador de 12 de janeiro seguem em alerta máximo quanto a uma possível expansão da doença para outras regiões do país.
O número de mortos pela epidemia de cólera no Haiti atingiu 259 nesta segunda-feira (25).
Nas últimas 24 horas, apenas seis novas mortes foram registradas, segundo as autoridades de saúde do país, o que mostraria uma estabilização da epidemia.
Gabriel Thimoté, diretor do Departamento de Saúde do Haiti, disse que o número total de casos subiu de 3.015 a 3.342 em um dia.
Mas o governo do Haiti e de países que têm ajudado a nação mais pobre das Américas desde o terremoto devastador de 12 de janeiro seguem em alerta máximo quanto a uma possível expansão da doença para outras regiões do país.
"O número de mortes registradas teve uma diminuição significante, e o número de pessoas hospitalizadas também diminuiu", disse Gabriel Thimote, diretor geral do Departamento de Saúde do Haiti, numa entrevista coletiva na capital Porto Príncipe.
"Acreditamos que a situação está estabilizando. Isso não significa necessariamente que chegamos ao pico", acrescentou.
Não foram registrados novos casos na superpovoada Porto Príncipe, onde especialistas temiam a respeito da vulnerabilidade dos 1,3 milhão de sobreviventes do terremoto que moram em tendas e barracas. Outras dezenas de milhares vivem em favelas ao lado de córregos imundos.
As autoridades isolaram cinco casos de cólera na capital, todas em pessoas que estiveram em Artibonite.
A Organização das Nações Unidas (ONU), ONGs e governos estrangeiros, como Cuba, enviaram equipes médicas de emergência e água limpa para as regiões afetadas, enquanto as autoridades de saúde lançaram um campanha nacional de higiene anticólera. A França também anunciou ajuda.
Centros especiais para o tratamento de cólera foram montados nas áreas com maior número de casos e na capital. De acordo com o governo, o país possui antibióticos suficientes para tratar até 100 mil pacientes.
A cólera é transmitida através da água e de alimentos contaminados, e pode se espalhar como um rastilho de pólvora pelos acampamentos provisórios, que sofrem com as sofríveis condições de higiene.
A cólera era considerada uma doença erradicada no Haiti há mais de um século, mas voltou a aparecer depois das fortes chuvas que castigaram várias regiões do norte do país na semana passada.
"Sabemos como prevenir as mortes por cólera", disse no domingo Catherine Bragg, coordenadora adjunta de Ajudas de Emergência da ONU, referindo-se ao fornecimento de antibióticos, ao tratamento da água e à distribuição de produtos de higiene básica.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Temporão diz que SP e PR têm casos confirmados de superbactéria :

DF continua sendo região com mais contaminação pela bactéria KPC.
Ministro da Saúde voltou a condenar uso ‘indiscriminado’ de antibióticos.

                                                                                                                       Do G1, em Brasília
Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante cerimônia de ampliação dos medicamentos oferecidos pelo programa “Aqui tem Farmácia Popular”. 
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta quarta-feira (20) que há casos confirmados de contaminação pela superbactéria KPC em São Paulo e no Paraná. O Distrito Federal é, até o momento, a região com maior registro de mortes e contaminações. No DF, 163 pessoas foram contaminadas e 14 morreram vítimas da KPC.

“O que nós temos até o momento confirmado é a presença dessa bactéria específica no Distrito Federal, São Paulo e no Paraná”, disse Temporão, após cerimônia de ampliação dos medicamentos oferecidos pelo programa “Aqui tem Farmácia Popular”. O ministro voltou a dizer que é preciso combater o uso “indiscriminado” de antibióticos, o que facilita, segundo ele, o surgimento de bactérias resistentes ao medicamento.

“O problema é que no Brasil nós temos uma política equivocada no consumo de e utilização de antibióticos. A Anvisa se reúne na sexta-feira para apreciar uma nova resolução colocando limites à comercialização de antibióticos nas farmácias brasileiras”, disse.

O ministro anunciou nesta terça (20) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai dificultar a venda de antibióticos. Entre as medidas que serão apresentadas está a retenção pelas farmácias da receita médica utilizada na compra do medicamento. Temporão disse ainda que a Anvisa vai reunir 17 especialistas para discutir meios de evitar a propagação da superbactéria.

“Essa bactéria, pela sua especificidade, está nos preocupando e, por isso,a convocação de especialistas para que a gente possa ouvir deles que medidas adicionais devem ser tomadas para o controle desse problema”, afirmou.

O primeiro registro da KPC no Brasil foi no Recife em 2006. Depois, foram registrados casos isolados no Distrito Federal, Paraíba, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. No Distrito Federal, o número de registros configura a existência de um “surto” da doença, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/temporao-diz-que-sp-e-pr-tem-casos-confirmados-de-superbacteria.html

Estudo aponta possível terapia genética contra depressão :

Doença afeta 121 milhões de pessoas no mundo, segundo OMS.
Equipe já testa técnica em pacientes com Mal de Parkinson.

Uma terapia semelhante já foi testada nos cérebros de pacientes com mal de Parkinson. A técnica poderia ser adaptada rapidamente para tratar a depressão, segundo Michael Kaplitt, da Faculdade de Medicina da Universidade Cornell, e seus colegas em um estudo divulgado na quarta-feira (20).
"Temos uma terapia potencialmente nova para atingir o que agora sabemos ser uma das causas na raiz da depressão humana", disse o neurocirurgião em nota.
A equipe de Kaplitt examinou a atividade de um gene chamado p11 numa parte do cérebro chamado nucleus accumbens. "Este é o centro do cérebro para a satisfação e recompensa", disse Kaplitt. "Um dos principais problemas na depressão é a chamada anedonia -- a incapacidade de se satisfazer com atividades normalmente prazerosas da vida."
O gene p11 ajuda a regular a sinalização da serotonina, neurotransmissor associado ao humor, ao sono e à memória. Muitos antidepressivos agem sobre a serotonina.
Os pesquisadores usaram ratos sem o gene p11 ativo, que agiam como deprimidos. "Se você pega um rato pela cauda, ele tende a lutar para fugir. Um rato apresentando comportamento depressivo simplesmente fica lá deitado", disse Kaplitt.
A mesma equipe já testa a terapia genética para o mal de Parkinson em pessoas. Eles usaram o mesmo vetor - o vírus empregado para levar o novo gene ao organismo - para fazer o substituto terapêutico do gene p11.
Isso transformou o comportamento dos ratos deprimidos, segundo artigo na revista Science Translational Medicine. Mas substituir um gene em ratos não prova que o mesmo sintoma tenha efeito em humanos ou que estimular a produção iria alterar a depressão humana.
Então, os cientistas examinaram amostras cerebrais de pessoas já mortas que tinham depressão, e compararam com amostras de pessoas que não haviam sido deprimidas em vida. Os níveis do p11 na região do nucleus accumbens - o centro da recompensa - eram significativamente menores nos pacientes deprimidos, disseram os cientistas.
Kaplitt salientou que a terapia genética contra a depressão ainda vai demorar para ser testada em humanos, embora os testes com pacientes de Parkinson indiquem que a prática é segura. "Um dos próximos passos principais é tentar testar isso em primatas", afirmou.
A depressão afeta cerca de 121 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é diagnosticada anualmente em pelo menos 13 milhões de adultos nos EUA. É o principal fator causador de suicídios e pelo menos 27 milhões de norte-americanos tomam antidepressivos.
As causas são complexas e pacientes diferentes reagem a diferentes tratamentos.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sistema de reparo às lesões causadas por radicais livres

Ver imagem em tamanho grandeEmbora existam muitos sistemas de defesa , algum dano ainda ocorre nos seres vivos, contribuindo para o processo de envelhecimento dos mesmos. Existem alguns sistemas envolvidos no reparo de danos causados por radicais livres, como :
_ Reparo em proteínas e aminoácidos  :  nos aminoácidos e proteínas , os radicais livres podem reagir na cadeia lateral, onde atacam cisteína , histidina ,triptofano, metionina e fenilalanina e em menores proporções arginina e asparagina.Os ataques aos aminoácidos que compõem as proteínas enzimática, dificuldades no trasporte através das membranas celulares, citólise e morte celular, e esse ataque ocorre por adição do radical ou por abstração de hidrogênio. A ação dos radicais sobre o aminoácido metionina pode provocar sua oxidação à metionina sulfóxido e  muitos organismos possuem uma enzima ( metionina sulfóxido redutase), que reduz restabelecendo a proteína danificada.
-_Reparo do DNA:  radicais livres geram bases danificadas e quebras de filamentos duplos e simples,mas existem sistema de reparo e de proteção como histonas que são proteínas associadas ao DNA que não está replicadoe ajudam na proteção contra ação de radicais livres. O principal mecanismo de reparo é a excisão das bases danficadas que é desempenhada por enzimas glicosilases que hidrolisam a ligação glicosídica entre a base nitrogenada danificada e a a molécula de dsoxirribose, seguida pelo preenchimento da região com base correta por ação da DNA polimerase.
fonte :patologia (fundamentos de Robin ), wilkipérdia livre.

Sistema de Reparo :

                           Ver imagem em tamanho grande                                  ALTERAÇÕES DA CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
A quantidade de sangue que circula em cada órgão e parte do organismo é regulada pelas suas exigências funcionais (há uma redistribuição periódica e rítmica da massa sanguínea ).
As células são adaptadas a essas variações fisiológicas até determinado limite após a qual causa o dano . Uma condição básica para que o sangue alcance diretamente todas as células é que se mantenha em estado líquido e que circule livremente dentro do comportamento vascular, sem sair dele. Qualquer processo que modifique este estado ou que interrompa o fluxo de sangue torna - se causa de lesão dos tecidos (trombose , enfarto , hemorragia ... )
Fonte :  wilkipérdia livre

Câncer do colo do útero

Ver imagem em tamanho grandeÉ o 3° câncer que mais mata no Brasil. É uma doênça que pode ser prevenida estando diretamente vinculada ao grau de subdesenvolvimento do país.
  • Fatores de Risco :
Fatores sociais (baixa condiçaõ sócio -econômica)
Hábitos de vida (má higiene e o uso prolongado de contraceptivos orais)
Atividade sexual antes dos 18 anos
Gravidez antes dos 18 anos e muitos parceiros sexuais
                                                                                                                                                                
O vírus do papiloma humano ( HPV) está presente em 94% dos casos de câncer do colo do útero. Todas as mulheres com vida sexual ativa , devem se submeter ao exame preventivo periódico, inclusive as grávidas e histerectomizadas . A princípo o exame deve ser feito a cada ano seguido de orientação médica conforme achados.Ver imagem em tamanho grande        COLPOSCOPIA      

 O exame preventivo do câncer do colo conhecido como exame de papanicolau, é indolor , barato e eficaz; e consiste na coleta do material para exame de três locais: da parte externa (ectocérvice), da parte interna (endocérvice) e do fundo do saco posterior da vagina.
O exame não é realizado no período menstrual , exceto se for um período menstrual prolongado além do habitual. A colposcopia permite examinar  com mais detalheso colo uterino devendo ser realizada a cada 3- 5 anos dependendo dos achados e indicação médica.
O câncer do colo do útero só dará sintomas ( sangramento e dor às relações sexuais) em fase já adiantada ; e tem 100% de cura quando diagnosticado precocemente.  Fonte : palestra do congresso nacinal de biomedicina